Recebi, da televisão, honroso convite
para falar, nos seus 90 anos.
Seria, no Instituto Capibaribe,
coisa sua e de Raquel,
inventada há tantos anos.
Procurei logo entender
o grande lema da instituição:
“Amar para compreender,
compreender para educar”.
E senti que o amor é a porta da compreensão
e que se não se compreende cada pessoa
não se pode promover sua educação.
Vi que o Capibaribe nasceu puro,
sem fins lucrativos,
para criar a cidadania,
para fazer crescer a autonomia,
como o grande rio,
que corre para o mar.
Ouvi, comovido, os versos de seu hino,
notei a grandeza dessa escola maternal,
todos filhos,
todos irmãos,
“aqui se vê, aqui se sente, aqui se toca o ideal”.
E, vendo a obra criada,
lembrei dos 90 anos do criador.
O mesmo que escreveu,
na Pedagogia da Indignação,
“do direito e do dever
de transformar o mundo”.
O mesmo que acreditou,
nas lutas do MCP,
que “outro mundo é possível”.
Germano Coelho, Superintendente Institucional do CIEE Pernambuco