Cerca de 300 jovens ligados ao programa Aprendiz Legal, executado pelo Centro de Integração Empresa Escola de Pernambuco (CIEE-PE), em Parceria com a Fundação Roberto Marinho (FRM) participaram nesta quarta-feira (04) do evento Violação de Direitos; vamos virar este jogo.
O evento, que contou com palestra da Assistente social do Ministério Público de Pernambuco (MPPE), Maria Luíza Duarte Araújo teve como objetivo alertar aos jovens quanto aos direitos da criança e do adolescente durante os períodos de grandes eventos, como a Copa do Mundo, que acontece nesse mês.
A abertura do encontro foi feita pela coordenadora de projetos sociais do CIEE Pernambuco, Telma Muniz, que compôs a mesa com o vice-presidente do Conselho Municipal de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente do Recife (Comdica), Alexandre Nápoles, e Nivaldo Pereira, vice-presidente do Conselho Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente (Cedca-PE).
“Buscamos trazer reflexões para os jovens e, principalmente, sobre esta temática do momento em que o país está em exposição mundial e recebe um grande evento, como é a Copa do Mundo”, disse Telma Muniz.
Um pouco antes da formação da mesa, a Jovem Aprendiz, Ana Carla Viana da Silva cantou uma música para seus colegas de curso e foi acompanhada pelo teclado do jovem aprendiz, Edvaldo José de Lima Júnior.
Maria Luíza abriu sua palestra ouvindo dos próprios estudantes o que eles acham que são ou como estão os direitos de crianças e adolescentes, inclusive repercutindo os recentes eventos evolvendo saques, onde famílias inteiras foram vistas em situação de delito.
“A proteção das crianças deve vir da família”, disse a jovem aprendiz Ana Carla. Para Deni, “o dinheiro gasto nos estádios deveria ter sido gasto na saúde e apoio para os jovens”.
Com o tema se aquecendo entre os participantes, houve quem levantasse outras situações, como a exploração sexual, questionada pelo jovem Talysson.
Também participaram efusivamente do evento aprendizes da turma mista de jovens com deficiência, que, com a ajuda do instrutor e intérprete de Libras, Leonardo Ramos, também contribuíram para o debate.
“Este tema (direito das crianças e adolescentes) se encaixa perfeitamente conosco”, afirmou Rafael, que tem deficiência auditiva. “Nós somos adolescentes e queremos um futuro melhor para nossa sociedade”, completou Alice, que também tem deficiência auditiva.
Para a Assistente social do MPPE, Maria Luíza está claro que os jovens estão ‘ligados’ no que está acontecendo e se inquietam com o que veem no dia-a-dia deles. “Precisamos ter cuidado com a nossa postura, de como fomos criados desde pequenos, para sermos expectador das coisas”, alertou.
O evento foi realizado em parceria com a Fafire, que cedeu o auditório para realização e que mantém salas de aulas como jovens com deficiência, do programa Aprendiz Legal e foi encerrado coma apresentação do jovem rapper aprendiz, Anderson Silva Barbosa.